Informativo Faculdade Arnaldo

Monday, September 26, 2005

Marketing é tema da palestra de abertura

Júnia Leticia

O presidente da Consulting House, Fernando Nogueira, foi quem abriu o 1o Ciclo de Formação Empresarial da Faculdade Arnaldo, realizado de 20 a 24 de outubro. Com a palestra “Estratégias de gestão focadas em resultados”, o consultor, professor e conferencista abordou temas como estratégias de marketing pessoal e empresarial, relacionamento como ferramenta imprescindível aos negócios e a importância do aprendizado constante.

Ratificando as palavras proferidas no início do evento pelo padre Gilson da Silveira Goulart, diretor-geral da Faculdade Arnaldo, Nogueira salientou que atividades extra-curriculares que não conferem nota, como o Ciclo, não devem ser vistas como dias para se faltar à aula. “Não é necessário incentivo para participar das atividades. O que conta é a auto-motivação. O mundo pertence àqueles que são autodidatas. Se a pessoa não tem conhecimento, não tem relacionamento”, destacou.

Futuro e estratégias de marketing, tanto empresariais quanto pessoal, para que as organizações atinjam resultados corporativos e os profissionais alavanquem suas carreiras, também foram abordados pelo consultor. “Hoje, os principais líderes empresariais preocupam-se muito com o marketing porque é ele a grande ferramenta de ampliação de vendas. Muitas empresas utilizam o marketing simplesmente com uma visão institucional. Entretanto, hoje as organizações precisam obter resultados com equipes mais enxutas. Ou seja, receita com redução de custos. Por isso, o volume de empresas que estão demitindo é maior do que as que admitem”, explicou.

Dentro desse contexto, o perfil de quem quer inserir-se no mercado é realizado a partir de uma pesquisa corporativa. “Para isso, trabalhamos cinco ferramentas. A primeira é o conhecimento, ou seja, a capacidade de conteúdo da pessoa. A segunda é o relacionamento, em que as pessoas precisam preocupar-se com o network (rede de relacionamentos interpessoais). A terceira é o estilo com que elas são conhecidas e reconhecidas pelo mercado. O quarto item refere-se à capacidade de comunicação (as instituições de ensino superior, por exemplo, dificilmente preocupam-se em ter cadeiras destinadas ao assunto). E por último a imagem construída pelo indivíduo. Chamo essa regra de CRECI: C de conhecimento, R de relacionamento, E de estilo, C de comunicação e I de imagem”.

Balizado nessa regra, aplicada tanto ao marketing pessoal quanto empresarial, Nogueira esclarece que o consumidor, ao adquirir um produto, está comprando, na verdade, emoções, tempo, entre outros. Como exemplo, citou o fundador da Revlon, Charles Revlon, que dizia: “na fábrica produzimos cosméticos e nas lojas vendemos esperanças.” A explicação do conferencista foi a seguinte: “Por que o consumidor opta por comprar um produto de marca, sendo que há similares no mercado por preços às vezes 500% mais baixos? Porque as pessoas compram sonhos. E só é possível captar a vontade do consumidor, auscultando e entendendo o mercado, criando e mantendo vantagens competitivas pessoais, com real valor de cada cliente.”

A partir, ainda, da regra CRECI, as pessoas desenvolvem sua marca, que tanto pode ser positiva quanto negativa. Na universidade, por exemplo, o aluno pode ser reconhecido por ser o que sempre chega atrasado às aulas ou o que produz trabalhos sem a solicitação dos professores. “O importante é sermos os melhores, independente de cobranças. O marketing está fundamentalmente relacionado com a forma de pensar das pessoas e das organizações”, salientou.

Partindo do pressuposto de que hoje não interessa ao mercado profissionais medianos, mas, sim, ótimos, Nogueira – profissional com mais de dez anos de experiência, com formação em empresa internacional de consultoria e auditoria e carreira em um dos maiores grupos industriais do país – conta que o número de graduações, pós-graduações e demais cursos são levados em conta na hora de se selecionar um candidato a trabalho. “A resposta não é universal, mas os principais head hunters do mundo dizem que a pessoa deverá ter, no mínimo, três graduações e oito pós-graduações nos próximos 20 anos. Aqueles que se formaram em um curso, talvez devam preocupar-se, ainda que daqui a oito, dez, 15 anos, com uma nova graduação, talvez em uma área completamente distinta, ou buscar cursos de pós-graduação a cada três, cinco anos, para requalificação. Carreira brilhante só depende de cada um, mas deve-se levar muito sério a faculdade”, disse.

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