Estudantes mobilizam-se em prol da reflexão dos impactos

Júnia Leticia

Estudantes do Colégio e da Faculdade Arnaldo mobilizaram-se para a campanha Na Cidade Sem Meu Carro!, realizada em setembro. Camisas, faixas e panfletos foram providenciados pela instituição para conscientizar a população acerca das implicações dos diversos tipos de poluição gerada pelos automóveis. Coordenados pela BH Trans e pela ONG Ruaviva, os estudantes participaram de “blitz” para entrega de folhetos aos condutores de automóveis.

A campanha no Arnaldo foi uma iniciativa do aluno do 4o período de Administração Ambiental, Ricardo Freitas Castro, que espontaneamente desenvolveu o projeto “Dia municipal da cidade sem carro - Sugestões para ampliar a repercussão do evento”. Técnico em agropecuária na superintendência da Prefeitura de Ribeirão das Neves, Ricardo Freitas desenvolveu o trabalho sozinho, em uma semana, no período de férias da Faculdade. Em seu projeto, o estudante esclarece que o Dia Internacional Na Cidade Sem Meu Carro! foi inspirado no Dia Europeu Sem Carro, evento que, em 2000, reuniu 1,3 mil cidades e mais de 70 milhões de pessoas em toda a Europa. “Há três anos, a data é comemorada em Belo Horizonte no terceiro sábado do mês de setembro.”

No projeto, o estudante apresentou sugestões para ampliar a repercussão do Dia Internacional Na Cidade Sem Meu Carro!. “Propus um planejamento envolvendo variadas entidades na organização do evento, objetivando conscientizar um número maior de pessoas sobre alternativas para melhorar o trânsito nas grandes cidades.”

Mesmo não sendo pedido por professores, Ricardo Freitas achou que o tema merecesse um projeto. “Há muito tempo, sonho com o dia em que poderemos caminhar pelas ruas de Belo Horizonte, respirando ar puro, sem o barulho de buzinas e motores, e sem nos sentirmos oprimidos pela violência do trânsito dos automóveis”, esclarece. Para elaborar o trabalho, o estudante entrevistou o professor Dimas Gazola, do Departamento de Transportes da Escola de Engenharia da UFMG; consultou recortes de jornais sobre o assunto, que já colecionava há algum tempo; e pesquisou o tema na internet, principalmente no site do Instituto da Mobilidade Sustentável – Ruaviva (www.ruaviva.org.br).